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Queda de cabelo: principais causas e tratamentos eficazes

Essa matéria conta com a colaboração da médica Dra. Ingrid Campos

Dra. Ingrid Campos explica as causas mais comuns e os tratamentos comprovados para estimular o crescimento capilar e preservar a saúde dos fios

A queda de cabelo é uma queixa comum entre homens e mulheres, no Brasil, cerca de 50% dos homens e 40% das mulheres acima de 50 anos sofrem com a perda de cabelo que pode ter diversas origens. Segundo a *médica dermatologista do Núcleo GA, Dra. Ingrid Campos, identificar a causa da queda é fundamental para definir o melhor tratamento. 
Conheça as principais causas da perda de cabelo:

Genética (Alopecia Androgenética): Popularmente conhecida como calvície, essa condição ocorre devido ao encurtamento do ciclo capilar, o que pode resultar em fios mais finos e um crescimento reduzido;

Eflúvio Telógeno: Caracteriza-se por uma queda intensa e difusa, podendo ser desencadeada por estresse, pós-parto, cirurgias, doenças, dietas restritivas e deficiências nutricionais;

Doenças do Couro Cabeludo:  Dermatites, psoríase e infecções fúngicas podem inflamar os folículos capilares, comprometendo a saúde dos fios e impedindo o crescimento adequado;

Distúrbios Hormonais: Condições como hipotireoidismo, Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) e alterações hormonais, incluindo reposição hormonal, podem interferir no ciclo capilar e intensificar a queda;

Alopecia Areata: Doença autoimune que provoca queda repentina dos fios em áreas específicas do couro cabeludo, podendo afetar também sobrancelhas e barba;

Tração Capilar: Penteados muito apertados podem causar tração excessiva nos fios, levando à quebra e até mesmo à queda definitiva em casos prolongados.
Existem diversos tratamentos eficazes para combater a queda capilar e estimular o crescimento dos fios. As abordagens variam de acordo com a causa do problema e podem incluir medicamentos orais e tópicos, terapias a laser, microagulhamento e até técnicas de medicina regenerativa. Entre os tratamentos com comprovação científica, estão:

Minoxidil oral: Prolonga a fase de crescimento dos fios, sendo um dos tratamentos mais eficazes para queda capilar;

Finasterida e Dutasterida: Atuam bloqueando a conversão de testosterona em DHT, hormônio ligado à miniaturização dos fios na calvície;

Terapia com Laser de Baixa Intensidade (LLLT): Estimula a circulação sanguínea e reduz a inflamação nos folículos capilares, promovendo o crescimento saudável;

Microagulhamento com Drug Delivery: Permite a melhor absorção de ativos como minoxidil e fatores de crescimento, potencializando os resultados;

Medicina Regenerativa (PRP – Plasma Rico em Plaquetas): Técnica que estimula a regeneração dos folículos capilares, auxiliando no crescimento dos fios.

Além dos tratamentos, em casos de queda capilar associada a deficiências nutricionais, a suplementação pode ser um grande aliado. A Dra. Ingrid Campos cita os principais nutrientes envolvidos na saúde dos fios:

Biotina (Vitamina B7): Essencial para a produção de queratina, proteína fundamental para o fortalecimento dos cabelos;

Ferro: Indispensável para a oxigenação dos folículos capilares, principalmente em mulheres com anemia;

Zinco e Selênio: Possuem ação antioxidante e contribuem para a manutenção da saúde do couro cabeludo;

Vitamina D: Níveis baixos estão cientificamente associados ao aumento da queda capilar;

Vitaminas do Complexo B (B6, B12 e Ácido Fólico): Atuam na renovação celular dos folículos;

Colágeno e Aminoácidos: Auxiliam na estruturação dos fios, fortalecendo sua resistência;

Silício Orgânico: Contribui para o fortalecimento e crescimento dos cabelos.

A dermatologista orienta procurar um especialista sempre que a queda de cabelo persistir por mais de três meses, especialmente se houver redução do volume capilar e afinamento dos fios. O surgimento de falhas visíveis no couro cabeludo, coceira, descamação ou sinais de inflamação também são indicativos de que uma investigação mais detalhada é necessária. Pessoas com histórico familiar de calvície devem ficar atentas aos primeiros sinais, pois o tratamento precoce pode retardar a progressão do problema. Além disso, grandes mudanças hormonais, como o pós-parto, podem desencadear uma queda acentuada, o que torna o acompanhamento profissional essencial para evitar danos a longo prazo.

*Dra. Ingrid Campos - Médica Dermatologista 
CRM-SP 185549 | RQE 99112