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Problemas hormonais e remédios para emagrecer: Aliados ou obstáculos no controle do peso?

*Essa matéria conta com a colaboração do médico Dr. Bruno Barreto
Para muitas pessoas, emagrecer vai muito além de força de vontade ou disciplina alimentar. Questões hormonais como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e resistência à insulina podem tornar o processo mais difícil e, em alguns casos, até inviável sem tratamento adequado.
Segundo o **Médico do Núcleo GA, Dr. Bruno Barreto, essas condições interferem diretamente na forma como o corpo utiliza e armazena energia: “O hipotireoidismo pode reduzir o gasto energético basal, favorecendo o acúmulo de gordura”, explica. Já a SOP, comum em mulheres jovens, está ligada a desequilíbrios hormonais e aumento de insulina, o que promove maior deposição de gordura, especialmente na região abdominal.
Outro vilão silencioso é a resistência à insulina, que atrapalha o uso adequado da glicose pelas células. “Isso estimula o armazenamento de gordura e promove ganho de peso, mesmo em pessoas que mantêm uma rotina alimentar controlada”, destaca o médico.
A dúvida sobre quando procurar ajuda médica é comum. O Dr. Bruno orienta que a investigação hormonal é indicada especialmente quando o paciente apresenta sinais como ganho de peso inexplicado, dificuldade persistente para emagrecer ou sintomas como fadiga, constipação, queda de cabelo e irregularidade menstrual: “Nesses casos, o tratamento não deve se basear apenas em dieta, é preciso entender o que está por trás da dificuldade em emagrecer”, afirma.
Embora ainda cercado de tabus, o uso de medicamentos pode ser um recurso importante no tratamento da obesidade, mas com critérios bem definidos. “Os medicamentos não são a primeira nem a última opção, mas parte de um plano terapêutico individualizado”, esclarece o Dr. Bruno. Eles costumam ser indicados quando mudanças no estilo de vida não geram resultados satisfatórios, principalmente em pacientes com IMC acima de 30, ou acima de 27 em casos de doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
As opções variam conforme o perfil do paciente. Agonistas de GLP-1, como a semaglutida, atuam diretamente na saciedade e no esvaziamento gástrico. Outros, como a associação naltrexona-bupropiona, atuam no controle da compulsão alimentar. As opções medicamentosas não param por aí. “A escolha do medicamento deve considerar o perfil metabólico e as condições clínicas de cada paciente”, reforça o médico.
Nem todo paciente responde da mesma forma aos medicamentos. Segundo o Dr. Bruno, pessoas com histórico de compulsão alimentar, resistência à insulina ou que já tentaram diversas estratégias sem sucesso podem ter melhores resultados com as medicações. “Mais do que um remédio, é preciso construir um plano sustentável, com mudanças reais de hábitos e acompanhamento constante”, finaliza.
**Dr. Bruno Barreto
CRM/BA 28382 | CRM/PE 31886 - Médico
Para muitas pessoas, emagrecer vai muito além de força de vontade ou disciplina alimentar. Questões hormonais como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos (SOP) e resistência à insulina podem tornar o processo mais difícil e, em alguns casos, até inviável sem tratamento adequado.
Segundo o **Médico do Núcleo GA, Dr. Bruno Barreto, essas condições interferem diretamente na forma como o corpo utiliza e armazena energia: “O hipotireoidismo pode reduzir o gasto energético basal, favorecendo o acúmulo de gordura”, explica. Já a SOP, comum em mulheres jovens, está ligada a desequilíbrios hormonais e aumento de insulina, o que promove maior deposição de gordura, especialmente na região abdominal.
Outro vilão silencioso é a resistência à insulina, que atrapalha o uso adequado da glicose pelas células. “Isso estimula o armazenamento de gordura e promove ganho de peso, mesmo em pessoas que mantêm uma rotina alimentar controlada”, destaca o médico.
A dúvida sobre quando procurar ajuda médica é comum. O Dr. Bruno orienta que a investigação hormonal é indicada especialmente quando o paciente apresenta sinais como ganho de peso inexplicado, dificuldade persistente para emagrecer ou sintomas como fadiga, constipação, queda de cabelo e irregularidade menstrual: “Nesses casos, o tratamento não deve se basear apenas em dieta, é preciso entender o que está por trás da dificuldade em emagrecer”, afirma.
Embora ainda cercado de tabus, o uso de medicamentos pode ser um recurso importante no tratamento da obesidade, mas com critérios bem definidos. “Os medicamentos não são a primeira nem a última opção, mas parte de um plano terapêutico individualizado”, esclarece o Dr. Bruno. Eles costumam ser indicados quando mudanças no estilo de vida não geram resultados satisfatórios, principalmente em pacientes com IMC acima de 30, ou acima de 27 em casos de doenças associadas, como diabetes e hipertensão.
As opções variam conforme o perfil do paciente. Agonistas de GLP-1, como a semaglutida, atuam diretamente na saciedade e no esvaziamento gástrico. Outros, como a associação naltrexona-bupropiona, atuam no controle da compulsão alimentar. As opções medicamentosas não param por aí. “A escolha do medicamento deve considerar o perfil metabólico e as condições clínicas de cada paciente”, reforça o médico.
Nem todo paciente responde da mesma forma aos medicamentos. Segundo o Dr. Bruno, pessoas com histórico de compulsão alimentar, resistência à insulina ou que já tentaram diversas estratégias sem sucesso podem ter melhores resultados com as medicações. “Mais do que um remédio, é preciso construir um plano sustentável, com mudanças reais de hábitos e acompanhamento constante”, finaliza.
**Dr. Bruno Barreto
CRM/BA 28382 | CRM/PE 31886 - Médico