Blog

O excesso de peso na gravidez pode prejudicar a gestação: Entenda como o Núcleo GA auxilia casais no planejamento familiar

*Essa matéria conta com a colaboração da médica Dra. Hilloa Rodrigues

Dra. Hilloa Rodrigues, Médica do Núcleo GA, destaca que a obesidade também pode impactar negativamente nas técnicas de reprodução assistida


A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO), apresenta um estudo realizado na Holanda que identificou uma redução de 45% nas possibilidades de gravidez natural em mulheres obesas. Além da dificuldade de concepção natural, também se concluiu que o excesso de peso diminui a eficácia das técnicas de reprodução assistidas.
A **Dra. Hilloa Rodrigues, Médica Nutróloga do Núcleo GA, esclarece que apesar de existir menor probabilidade, quando a gestação ocorre em uma mulher com excesso de peso ou obesidade inúmeras complicações podem afetar a saúde materna: "As pacientes podem sofrer com abortamentos, doenças hipertensivas como a pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, descolamento de placenta e parto prematuro. Além disso, elas têm maior risco de um parto cesáreo." 

A Dra. Hilloa afirma que a dificuldade também pode aparecer para as mulheres acima do peso ou com obesidade que se submetem à fertilização in vitro (FIV): “Esses casos apresentam menos coleta de óvulos, maior necessidade de medicamentos para estimulação, ciclos incompletos e óvulos de menor qualidade”.
A médica explica que as condições desenvolvidas pela mãe durante a gestação com excesso de peso podem afetar o desenvolvimento do bebê e ocasionar: 
  • Problemas no crescimento; 
  • Questões de peso; 
  • Maior risco de nascer prematuro; 
  • A expressão genética modificada (epigenética), a qual aumenta as chances do desenvolvimento de doenças metabólicas no futuro, como obesidade, doenças de hipertensão, diabetes, entre outras. 
No Núcleo GA, durante a consulta de pré-concepção, tanto a mulher quanto o homem são analisados para avaliar a presença de distúrbios nutricionais que podem atrapalhar a concepção ou dificultar manter a gravidez. De acordo com o Ministério da Saúde, as tentantes (mulheres que desejam engravidar) devem ser estimuladas a iniciar a tentativa a partir do IMC (Índice de Massa Corporal) considerado normal que está entre 18,5 até 24,9, no máximo. “Nessa consulta de pré-concepção, buscamos o peso ideal da paciente de acordo com o IMC e, quando necessário, iniciamos a terapia de emagrecimento, o mesmo pode ser recomendado para mulheres que desejam iniciar a FIV. Assim é possível avaliar e tratar os fatores relacionados ao excesso de peso, como o estresse oxidativo, a inflamação e a resistência à insulina. São todos fatores que podem dificultar a gravidez e, especialmente quando a mulher está acima do peso, podem agravar seu estado clínico”, complementa a Dra. Hilloa. 

Para mulheres acima do peso que estão tentando engravidar, uma abordagem nutricional eficaz envolve dietas anti-inflamatórias, como a dieta mediterrânea, conhecida por ser rica em antioxidantes e nutrientes anti-inflamatórios. Segundo a médica nutróloga do Núcleo GA, essa dieta, que inclui frutas, verduras, legumes, azeite de oliva, frutos do mar e peixes, não só ajuda na perda de peso como também melhora a fertilidade. O foco é orientar e ajustar a dieta de forma a promover um emagrecimento de qualidade, sem restrições calóricas severas.

**Dra. Hilloa Rodrigues - Médica Nutróloga 
CRM - BA 18780 | RQE 22906