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Existe momento certo para recorrer aos remédios para emagrecer?
*Essa matéria conta com a colaboração da médica Dra. Gabriela Castello Branco
Entenda quando a medicação é indicada e qual a importância do acompanhamento médico
A perda de peso pode ser um processo complexo e, em determinados casos, o tratamento padrão de mudanças de hábitos alimentares e a prática regular de atividades físicas pode ser insuficiente para alcançar um peso saudável.
A Dra. Gabriela Castello Branco, Médica do Núcleo GA, explica que o uso de medicação para proporcionar o emagrecimento pode ser indicado para determinados perfis de pacientes: “Um dos principais critérios é o percentual de gordura. Mulheres com mais de 35% e homens com mais de 25% de gordura são considerados obesos e indicados para tratamento. Outros fatores que justificam o uso de medicação incluem alta relação cintura-quadril, aumento do risco de problemas cardíacos, sedentarismo, tabagismo e transtornos compulsivos alimentares”.
Atualmente, as principais medicações para emagrecimento são os agonistas GLP- 1, semaglutida, conhecido como Ozempic e Wegovy, além dos duplo agonistas GIP e Análogo GLP-1, conhecidos como Mounjaro e zepbound. A Dra. Gabriela esclarece que os medicamentos atuam em diversas células do corpo: “As medicações têm ação de proteção neurológica e endotelial, diminuindo riscos cardíacos, como comprovado por evidências científicas. Além disso, elas atuam no fígado; por exemplo, a tirzepatida é a primeira medicação com estudos iniciais para redução da fibrose hepática”.
De acordo com a médica, esses remédios influenciam vários sistemas do organismo e promovem a perda de peso. Eles atuam nas células adiposas, facilitando sua quebra, e exercem uma importante ação no sistema gastrointestinal. Ao causar estase gástrica, prolongam a sensação de saciedade, o que pode auxiliar o paciente a diminuir a ingestão calórica, contribuindo para o emagrecimento.
O acompanhamento médico durante o processo de emagrecimento com o uso de medicação torna-se essencial para o sucesso do tratamento: “Não podemos assumir que um tratamento, por mais moderno e eficaz que seja, funcionará para todos os pacientes da mesma maneira. O acompanhamento médico é importante para avaliar e ajustar as estratégias de tratamento conforme as necessidades individuais de cada paciente. Além disso, é fundamental considerar os possíveis efeitos colaterais dessas medicações. Se o paciente não estiver em contato próximo com o médico para gerenciar esses efeitos, a adesão ao tratamento pode diminuir, comprometendo os resultados esperados”, conclui Dra. Gabriela.
Dra. Gabriela Castello Branco - Médica
CRM-SP 190285 | CRM-RJ 1050125