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Quando a dieta e o exercício não bastam: A importância do tratamento médico para a obesidade

Essa matéria conta com a colaboração da médica Dra. Carolina Almeida
A Dra. Carolina explica os sinais de alerta e as abordagens médicas disponíveis para assegurar um emagrecimento saudável
A perda de peso pode ser um desafio para muitas pessoas e, em determinados casos, dieta e exercício não são suficientes. A **Médica do Núcleo GA, Dra. Carolina Almeida, esclarece que o acompanhamento médico é fundamental na segurança e eficácia do emagrecimento: "Dieta e atividade física são itens necessários e indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida e para a manutenção de uma vida saudável". No entanto, para pacientes obesos, essas medidas isoladas frequentemente não são suficientes. "Pacientes que preenchem critérios de obesidade dificilmente serão contemplados de forma adequada apenas com dieta e atividade física. Isso ocorre devido a uma adaptação metabólica do corpo humano, que limita a perda de peso ao longo do tempo", complementa a médica.
O principal sinal de que a intervenção médica é necessária é a estagnação na perda de peso, mesmo após um acompanhamento nutricional adequado e a prática regular de atividade física supervisionada. "Dieta não é aquela aprendida com a vizinha ou um colega da academia. Reeducação alimentar adequada é prescrita por um nutricionista ou orientada por um médico", alerta a Dra. Carolina.
A médica enfatiza que toda perda de peso deve ser acompanhada por um profissional médico, o motivo está na complexidade da obesidade, que é uma doença multifatorial: “ A obesidade demanda abordagem de múltiplos fatores, como resistência à insulina e alterações hormonais”. Além disso, um emagrecimento sem orientação pode levar a deficiências nutricionais, fadiga e queda de cabelo, o que torna necessário o uso de suplementos.
A velocidade do emagrecimento também é uma preocupação, visto que varia de pessoa para pessoa. "Para um paciente com sobrepeso, perder dez quilos em dois meses pode ser considerado rápido. Já para um obeso grave, essa mesma perda pode ser o esperado dentro de um tratamento eficaz", explica a médica. Em muitos casos, um emagrecimento acelerado é fundamental para reduzir os riscos de doenças graves como infarto, AVC e doenças hepáticas. Quanto mais tempo um paciente permanece na obesidade, maior a exposição a essas doenças.
Por outro lado, o emagrecimento excessivo é prejudicial e pode levar à desnutrição, sarcopenia (perda severa de massa muscular) e caquexia (síndrome que provoca perda de peso e de massa muscular). "Para que isso ocorra, geralmente o paciente está sem acompanhamento médico. Por isso, todo o processo de emagrecimento deve ser monitorado desde o início".
Hoje, há diversas abordagens para tratar a obesidade, sempre com respeito à individualidade de cada paciente. "Além das mudanças no estilo de vida, há medicações muito mais seguras do que as do passado", afirma a Dra. Carolina. Os análogos do GLP-1, como a semaglutida (Ozempic), atuam no controle da saciedade e reduzem o apetite.
"Atualmente, a tizepatida tem se mostrado ainda mais eficaz, pois atua também no hormônio GIP, resultando em uma perda de peso mais intensa e com menos efeitos adversos". Além disso, também podem ser tratados outros fatores que influenciam na obesidade, como compulsão alimentar, ansiedade e transtornos hormonais.
A cirurgia bariátrica, antes amplamente utilizada, hoje é reservada para casos muito específicos: "É um tratamento invasivo que pode reduzir a absorção de nutrientes. Felizmente, a maioria dos pacientes consegue perder peso de forma eficaz e duradoura com um bom acompanhamento médico e o uso adequado de medicações", esclarece a médica.
Quando procurar ajuda
A obesidade é uma doença crônica e deve ser tratada como tal. O acompanhamento médico é essencial para assegurar uma perda de peso segura e sustentável. Se a perda de peso estagnou, surgiram sinais de deficiências nutricionais ou se houver dúvidas sobre qual tratamento seguir, buscar orientação profissional é o caminho mais seguro. "Com um plano de tratamento adequado, é possível emagrecer de forma saudável, sem riscos e com resultados duradouros", conclui a Dra. Carolina.
**Dra. Carolina Almeida - Médica
CRM-BA 17082 | CRM-PE 21178 | CRM-SP 245003 | RQE 19389
A Dra. Carolina explica os sinais de alerta e as abordagens médicas disponíveis para assegurar um emagrecimento saudável
A perda de peso pode ser um desafio para muitas pessoas e, em determinados casos, dieta e exercício não são suficientes. A **Médica do Núcleo GA, Dra. Carolina Almeida, esclarece que o acompanhamento médico é fundamental na segurança e eficácia do emagrecimento: "Dieta e atividade física são itens necessários e indispensáveis para a melhoria da qualidade de vida e para a manutenção de uma vida saudável". No entanto, para pacientes obesos, essas medidas isoladas frequentemente não são suficientes. "Pacientes que preenchem critérios de obesidade dificilmente serão contemplados de forma adequada apenas com dieta e atividade física. Isso ocorre devido a uma adaptação metabólica do corpo humano, que limita a perda de peso ao longo do tempo", complementa a médica.
O principal sinal de que a intervenção médica é necessária é a estagnação na perda de peso, mesmo após um acompanhamento nutricional adequado e a prática regular de atividade física supervisionada. "Dieta não é aquela aprendida com a vizinha ou um colega da academia. Reeducação alimentar adequada é prescrita por um nutricionista ou orientada por um médico", alerta a Dra. Carolina.
A médica enfatiza que toda perda de peso deve ser acompanhada por um profissional médico, o motivo está na complexidade da obesidade, que é uma doença multifatorial: “ A obesidade demanda abordagem de múltiplos fatores, como resistência à insulina e alterações hormonais”. Além disso, um emagrecimento sem orientação pode levar a deficiências nutricionais, fadiga e queda de cabelo, o que torna necessário o uso de suplementos.
A velocidade do emagrecimento também é uma preocupação, visto que varia de pessoa para pessoa. "Para um paciente com sobrepeso, perder dez quilos em dois meses pode ser considerado rápido. Já para um obeso grave, essa mesma perda pode ser o esperado dentro de um tratamento eficaz", explica a médica. Em muitos casos, um emagrecimento acelerado é fundamental para reduzir os riscos de doenças graves como infarto, AVC e doenças hepáticas. Quanto mais tempo um paciente permanece na obesidade, maior a exposição a essas doenças.
Por outro lado, o emagrecimento excessivo é prejudicial e pode levar à desnutrição, sarcopenia (perda severa de massa muscular) e caquexia (síndrome que provoca perda de peso e de massa muscular). "Para que isso ocorra, geralmente o paciente está sem acompanhamento médico. Por isso, todo o processo de emagrecimento deve ser monitorado desde o início".
Hoje, há diversas abordagens para tratar a obesidade, sempre com respeito à individualidade de cada paciente. "Além das mudanças no estilo de vida, há medicações muito mais seguras do que as do passado", afirma a Dra. Carolina. Os análogos do GLP-1, como a semaglutida (Ozempic), atuam no controle da saciedade e reduzem o apetite.
"Atualmente, a tizepatida tem se mostrado ainda mais eficaz, pois atua também no hormônio GIP, resultando em uma perda de peso mais intensa e com menos efeitos adversos". Além disso, também podem ser tratados outros fatores que influenciam na obesidade, como compulsão alimentar, ansiedade e transtornos hormonais.
A cirurgia bariátrica, antes amplamente utilizada, hoje é reservada para casos muito específicos: "É um tratamento invasivo que pode reduzir a absorção de nutrientes. Felizmente, a maioria dos pacientes consegue perder peso de forma eficaz e duradoura com um bom acompanhamento médico e o uso adequado de medicações", esclarece a médica.
Quando procurar ajuda
A obesidade é uma doença crônica e deve ser tratada como tal. O acompanhamento médico é essencial para assegurar uma perda de peso segura e sustentável. Se a perda de peso estagnou, surgiram sinais de deficiências nutricionais ou se houver dúvidas sobre qual tratamento seguir, buscar orientação profissional é o caminho mais seguro. "Com um plano de tratamento adequado, é possível emagrecer de forma saudável, sem riscos e com resultados duradouros", conclui a Dra. Carolina.
**Dra. Carolina Almeida - Médica
CRM-BA 17082 | CRM-PE 21178 | CRM-SP 245003 | RQE 19389